quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O Que São Enzimas


Segundo o Dr. Edward Howell, o primeiro pesquisador das enzimas, “as enzimas são substancias que tornam a vida possível. São necessários para todas as reações químicas que ocorrem no corpo. Sem enzimas nenhuma atividade alguma vez aconteceria. Nem as vitaminas nem os minerais ou os hormônios conseguem fazer o seu trabalho – sem enzimas.” Temos uma reserva de enzimas limitada o que nos leva a morrer quando as enzimas acabam. Se comermos alimentos crus evitamos a destruição das enzimas que a comida contem facilitando assim a digestão e evitando gastar as nossas próprias reservas. Segundo ainda o Dr. Edward Howell, a falta de enzimas na comida cozida é ainda uma das razões maiores do envelhecimento e morte precoce. É ainda a causa subjacente da maior parte das doenças. Se o nosso corpo está ocupado com a digestão de alimentos cozidos e a produção de enzimas para a saliva, suco gástrico, suco pancreático e sucos intestinais, então terá de diminuir a produção de enzimas para outros propósitos. Quando isto acontece, então como pode o corpo produzir enzimas para o trabalho do cérebro, coração, rins, músculos e os outros órgãos e tecidos. Esta falta de enzimas ocorre na maioria da população mundial dos países civilizados que se alimenta de comida cozida. Segundo estudos científicos recolhidos ao longo de mais de 40 anos pelo Dr. Howell, “o homem é o que menos enzimas da digestão dos amidos tem no seu sangue, entre todas as criaturas. Também temos o maior índice destas enzimas na urina o que prova que estão a ser utilizados rapidamente”. 
Consequentemente cada vez que comemos farináceos (pão, bolos, etc.) estamos a diminuir o nosso tempo de vida. Existe evidencia que mostra que esta baixa de enzimas não é devida a nenhuma peculiaridade da nossa espécie. Na realidade, deve-se ás largas quantidades de amidos cozidos que comemos. Em adição, é evidente a indicação que a alimentação cozida, por conseguinte sem enzimas contribui para o crescimento patológico excessivo da glândula pituitária, que regula as outras glândulas. Além disso, há pesquisas que indicam que 100% dos indivíduos com mais de 50 anos que morrem de causas acidentais tem deficiências nas glândulas pituitárias. Seguidamente, acredita-se que a deficiência de enzimas é a causa da maturação exagerada das crianças e adolescentes dos nossos dias .É também uma causa importante no excesso de peso de muitas crianças e adultos. Muitas experiências com animais mostram que as dietas deficientes em enzimas produzem uma maturação mais rápida do que o normal. Os animais com uma dieta cozida são também mais pesados do que os seus equivalentes que comem cru. Outra evidencia é que os agricultores usam batatas cozidas para engordar os seus porcos antes de os levarem para o mercado. Eles descobriram que os porcos comendo batata cozida engordavam mais rápido e economicamente do que porcos comendo batata crua. Esta evidencia mostra a grande diferença entre calorias cozidas e calorias cruas. Na verdade na sua experiência de trabalho num sanatório, o Dr. Edward Howell, descobriu que era impossível engordar as pessoas comendo cru, independentemente da quantidade de calorias ingeridas. A propósito, outro dos efeitos relacionados com a deficiência de enzimas é que o tamanho do cérebro diminui. Mais, a tiróide aumenta de volume, mesmo na presença do iodo. Isto foi provado em várias espécies. Na realidade não foi comprovado em seres humanos mas a evidencia é muito sugestiva. Considera-se que o pâncreas humano é sobrecarregado com uma produção excessiva de enzimas comparado com qualquer outra criatura que se alimenta de comida crua. De fato, em proporção com o peso do corpo, o pâncreas humano é duas vezes mais pesado do que o de uma vaca. Seres humanos que comem maioritariamente cozido, enquanto as vacas comem erva crua. Depois, existe evidencia que ratos que comem cozido tem um pâncreas duas vezes maior do que ratos que comem cru. Mais ainda, há provas de que o pâncreas humano é um dos mais pesados no reino animal, tendo em conta o peso corporal. Este aumento de volume do pâncreas humano é tão perigoso – provavelmente ainda mais – do que o aumento de volume do coração, da tiróide etc.. 
A produção exagerada de enzimas é uma adaptação patológica a uma dieta de comida sem enzimas. O pâncreas não é a única parte que produz exageradamente enzimas quando a alimentação é cozida. Por adição, existem as glândulas salivares, que produzem enzimas num grau nunca visto nos animais selvagens com a sua alimentação natural. De fato, alguns animais numa dieta crua não tem qualquer tipo de enzimas na sua saliva. As vacas e as ovelhas produzem torrentes de saliva sem enzimas. Os cães, por exemplo, também não segregam enzimas na sua saliva quando comem comida crua. No entanto, se lhe começar a alimentá-los com amidos cozidos, as suas glândulas salivares começarão a produzir amido-enzimas digestivos ao fim de 10 dias. Mais ainda, há mais evidencia de que os enzimas na saliva representam uma situação patológica e não normal. Isto é algo que o Dr. Edward Howell demonstrou em laboratório. As enzimas na saliva só atacarão o amido quando este é cozido. Sendo assim, vemos que o corpo canaliza a sua limitada produção de enzimas para a saliva se de fato o tiver que fazer. O Doutor Howell efectuou experiências em ratos em que um grupo comia carne crua e vegetais e sementes crus e o outro grupo comia o mesmo mas cozido. tentava assim ver qual dos grupos vivia mais tempo. Conclusão, ambos os grupos viviam praticamente o mesmo tempo o que surpreendeu o médico. Os ratos de ambos os grupos viveram cerca de 3 anos. Mais tarde o Dr. Howell descobriu a diferença. Verificou que os ratos alimentados à comida cozida tinham comido as suas próprias fezes, as quais continham as enzimas excretadas pelo seu corpo. Todas as fezes, incluindo as dos seres humanos, contém as enzimas utilizados pelo corpo. Os ratos tinham reciclado as suas próprias enzimas para os usarem outra vez. Por isso viveram tanto tempo como os outros ratos a comer cru. Na realidade a prática de comer fezes é praticamente universal entre todos os animais de laboratório. Se bem que estes animais recebam dietas cientificas contendo todas as vitaminas e minerais, instintivamente sabem que precisam de enzimas. Por isso, comem as suas próprias fezes. De fato, os animais com dietas cientificas desenvolvem a maior parte das doenças crônicas e degenerativas comuns aos seres humanos, se os deixarem viver até ao fim das suas vidas. Isto prova que só vitaminas e minerais não são suficientes para manter a saúde. Para o Dr. Howell a evidencia mais impressionante de que precisamos de enzimas na nossa alimentação ocorreu no seu trabalho de sanatório quando os seus doentes eram postos em jejuns curativos.
“Quando se jejua, há uma paragem imediata da produção de enzimas digestivas. As enzimas da saliva, suco gástrico e pancreático diminuem e são raras. Durante o jejum, as enzimas do corpo estão livres para o trabalho de reparação e remoção de tecidos doentes. ”Disse. 
Nos países considerados civilizados comem-se tamanhas quantidades de comida cozida que o sistema enzimático fica ocupado somente a digerir comida. Como resultado, o corpo tem falta de enzimas para manter os tecidos em boas condições. A maior parte das pessoas que jejuam passam pelo que é chamado de uma crise curativa. Os pacientes podem sentir náuseas, vômitos e tonturas. O que se passa é que as enzimas estão a trabalhar para mudar a estrutura doente do organismo. As enzimas atacam os tecidos patológicos e dividem as substâncias indigestas e não processadas; e estas são depois evacuadas pelos intestinos, pelo vômito ou através da pele. Vários nutricionistas dizem que as enzimas dos alimentos são destruídas pelos ácidos do estômago e por conseguinte de pouco ou nenhum valor. O doutor Howell contrapõe que esses nutricionistas não prestam atenção a dois fatores importantes. Em primeiro lugar, quando se come, a secreção ácida do estômago ocorre minimamente pelo menos durante 30 minutos. Á medida que a comida atravessa o esôfago, cai sobre a parte superior do estômago. Esta é chamada a secção cardíaca, uma vez que está próxima do coração. O resto do estômago continua plana e fechada enquanto a parte cardíaca se abre para acomodar a comida. Durante o tempo que a comida fica nesta secção superior, pouco ácido ou enzimas são segregadas pelo organismo. As enzimas da própria comida começam a digerir a comida. Quanto mais desta auto digestão ocorre menos trabalho o organismo tem que realizar mais tarde. Quando este período de 30 a 40 minutos passa, a parte inferior do estômago abre e o corpo começa a produzir ácido e enzimas. Até nesse momento as enzimas da comida não param até que o nível ácido se torne proibitivo. Como se pode comprovar as enzimas conseguem suportar ambientes muito mais vezes ácidos do que neutros. Muitos animais tem até o que se pode chamar de compartimentos de pré-digestão enzimática onde a comida se digere a si própria. É o caso de certos macacos e roedores com as suas bolsas nas bochechas, os buchos de muitas espécies de pássaros, e os primeiros estômagos de golfinhos, baleias, etc.. Quando os pássaros comem sementes ou grãos de cereais, estes ficam no bucho entre 8 a 12 horas. Nesta pausa, absorvem umidade e começam a germinar. Durante a germinação formam-se enzimas que tem o trabalho de digerir as sementes e grãos. Os golfinhos as baleias tem um primeiro estômago que não segrega enzimas. As baleias, por exemplo, engolem grandes quantidades de alimentos sem a mastigarem. A comida decompõe-se e digere-se a si própria. Na pele dos peixes e de outras espécies marinhas que a baleia come existe uma enzima, chamado catepsina, que decompõe o peixe uma vez morto, na realidade esta enzima está presente em quase todas as criaturas. Depois do alimento da baleia se tornar liquefeito a si próprio, passa por um pequeno canal para o segundo estômago da baleia. Parece um mistério para os cientistas na baleia, como tanto alimento pode passar por um canal tão pequeno. Não tem idéia de que a auto digestão esteve em ação. Questionado sobre o fato de a maioria da população comer cozido todos os dias e se poderíamos recuperar a falta de enzimas comendo ao mesmo tempo comida crua o Dr. Howell respondeu: “Não. A comida cozida causa um desgaste tão grande na nossa reserva de enzimas que não se consegue recuperar comendo também comida crua. Na realidade os vegetais e a fruta não são fontes concentradas de enzimas. Quando amadurecem as enzimas estão presentes para o amadurecimento. No entanto quando o amadurecimento acaba, as enzimas retiram-se para os caules e sementes. Por exemplo quando certas companhias querem extrair enzimas da papaia , um fruto tropical, eles usam o sumo de papaia verde. A papaia madura por si não tem grande concentração de enzimas.” Segundo o Dr. Howell as bananas, abacates e mangas são boas fontes de enzimas. Na generalidade, os frutos com um alto valor calórico são mais ricos em enzimas. As nozes e as sementes contém inibidores de enzimas pelo que se devem demolhar. Estes inibidores de enzimas existem para proteção da semente. A natureza não quer que a semente germine prematuramente e perca sua vitalidade. Quer sim que as sementes germinem num solo suficientemente úmido para poderem crescer e continuar a espécie. Desta forma, quando se comem sementes cruas ou nozes cruas, estamos a ingerir os inibidores de enzimas que neutralizam alguns dos enzimas que o organismo produz. Na realidade comer alimentos com inibidores de enzimas provoca um inchaço do pâncreas. Todas as nozes e sementes contêm estes inibidores de enzimas. Amendoins crus, por exemplo tem uma quantidade especialmente grande. O gérmen de trigo cru também um dos piores ofensores. Em adição todas as ervilhas, feijões, e lentilhas contem alguns. As batatas que são sementes também tem inibidores de enzimas. Nos ovos que também são sementes, o inibidor existe basicamente na clara. Como regra geral, os inibidores de enzimas estão confinados ás sementes dos alimentos. Por exemplo, os olhos das batatas. Os inibidores não estão presentes nas partes frescas das frutas ou nas folhas e caules dos vegetais. Há duas formas de destruir os inibidores de enzimas. A primeira é cozer; no entanto assim também se destroem as enzimas. A segunda, que é preferível é a germinação. Assim destroem-se os inibidores de enzimas e também se aumenta o conteúdo de enzimas numa proporção de 3 para 6. Alguns alimentos, como o feijão de soja, tem de ser bem cozidos para destruir os inibidores de enzimas. Por exemplo, muitas das farinhas de soja e pós á venda não foram suficientemente aquecidos para destruir os inibidores. A única solução para quem continua a comer alimentos cozidos é tomar suplementos de concentrado de enzimas de plantas. Na ausência de contra-indicações, deve-se tomar entre uma a três cápsulas por refeição. É claro que se a sua refeição for só crua, não precisará de enzimas nessa refeição. As cápsulas devem ser misturadas com a comida ou chupadas. Desta forma podem começar a trabalhar imediatamente. Acidentalmente, tomar enzimas extra é outra forma de neutralizar os inibidores de enzimas das nozes ou sementes não germinados. Os concentrados de enzimas de plantas ou enzimas de fungos são melhores para pré-digestão da comida do que comprimidos de enzimas pancreáticos. Isto porque as enzimas de plantas conseguem atuar melhor em meios ácidos como o estômago, enquanto que as enzimas pancreáticos só trabalham no meio alcalino do intestino delgado. Se os comprimidos tiverem um revestimento entérico, então não são apropriados, uma vez que só serão liberados depois de atravessar o estômago. Nesta altura é demasiado tarde para a pré-digestão da comida. Aqui o corpo já terá usado as suas enzimas para digerir a comida. Uma alimentação deficiente em enzimas causa uma redução de 30% no tempo de vida. Assim sendo, poderíamos prolongar o nosso tempo de vida 20 ou mais anos. Mesmo numa dieta de crus deve-se incluir enzimas pois o nosso corpo usa-as de tantas formas e assim poderemos manter a nossa reserva para situações de doença, situações extremas de temperatura e durante situações de exercício vigoroso. Conclui o Dr. Howell, que a titulo de curiosidade, já passou claramente dos 70 anos e continua a sentir-se como se tivesse 30, praticando ainda jogging todos os dias.
Fonte: living-foods.com - University of Natural Healing, Inc.

O termo é derivado de "en" = dentro e "zima" = levedura. As enzimas são moléculas de proteína bastante grandes e complexas que agem como catalisadoras em reações bioquímicas. Como as proteínas, elas consistem em longas cadeias de amino-ácidos unidas por ligações de peptídeos. Elas são formadas dentro das células de todos os seres vivos, plantas, fungos, bactérias, e organismos microscópicos unicelulares.
As enzimas são classificadas segundo os compostos nos quais elas agem:

- lipases atuam nas gorduras decompondo-as em glicerol e ácidos graxos;
- catalases decompõem a água oxigenada;
- amilases decompõem os amidos em açúcares mais simples;
- proteases decompõem as proteínas;
- celulases decompõem a celulose;
- pectinases decompõem a pectina;
- xilanases decompõem a xilana;
- isomerases catalizam a conversão da glicose em frutose;
- beta-glucanases decompõem a beta-glucana;
- outras. As enzimas comumente encontradas no trato digestivo são a pepsina, a tripsina e peptidases (que decompõem as proteínas), lipases e amilases.

Como as enzimas agem? 
Elas controlam várias funções vitais incluindo os processos metabólicos que convertem nutrientes em energia e em novos materiais para as células, além de acelerar a reação dos processos bioquímicos, tornando-os mais eficientes. As enzimas se conectam às substâncias reagentes e enfraquecem certas ligações químicas, de modo que menos energia (de ativação) é necessária para que as reações ocorram. Se as enzimas estivessem ausentes, as reações químicas seriam lentas demais para dar suporte à vida. As enzimas são bastante específicas, decompondo ou compondo apenas certas substâncias em certas condições de temperatura, pH e concentração do substrato (substância na qual a enzima atua). Algumas transformações envolvem várias enzimas como a da glicose em água e gás carbônico que leva 25 passos, cada passo com a participação de várias enzimas. Quando as enzimas são aquecidas, elas aceleram ainda mais as reações, mas apenas até certo ponto a partir do qual elas se modificam e perdem suas propriedades catalizadoras. Quando a temperatura cai, as enzimas voltam ao seu estado anterior.
De onde as enzimas surgem ?
As células usam a informação dos nossos genes para fabricar proteínas, as quais são usadas para várias funções. A enzima é uma dessas proteínas. Também, as enzimas podem ser encontradas nos alimentos. As células possuem de 2000 a 3000 enzimas diferentes em cada uma. Células diferentes possuem enzimas diferentes.
Como as enzimas atuam na boca ?
Quando o alimento é mastigado na boca, ele fica reduzido à pequenos fragmentos que se misturam com a saliva produzida pelos três pares de glândulas salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais). A saliva é um líquido neutro ou ligeiramente alcalino, que contém água, muco e enzimas (amilase salivar ou ptialina). As glândulas submandibulares e sublinguais segregam uma saliva mais grossa que contém a enzima mucina. A outra enzima da saliva é a ptialina, que digere parcialmente os amidos e converte-os em maltose (um tipo de açúcar). A água umedece o alimento, o muco lubrifica-o e a amilase catalisa a hidrólise do amido (polissacarídeo) que o transforma em moléculas de açúcares mais simples (oligossacarídeos e monossacarídeos). A saliva também dissolve algumas moléculas que são captadas pelos receptores de sabor nas papilas gustativas da língua (permitindo o reconhecimento dos sabores). O alimento mastigado e ensalivado fica reduzido à uma pasta mole: o bolo alimentar.

Como as enzimas atuam no estômago ? 
O estômago recebe o bolo alimentar e o piloro é fechado para que o bolo alimentar não passe imediatamente para o duodeno. O estômago, por meio das glândulas gástricas, libera o suco gástrico que é constituído por água, ácido clorídrico (a 0,5% de concentração), mucos, pelas enzimas pepsina (várias proteases) e, nos bebês, a renina. O estômago então se contrai ritmicamente (movimentos peristálticos), o que permite a mistura do bolo alimentar com o suco gástrico. 
A água permite que os alimentos se dissolvam ou fiquem em suspensão. O ácido clorídrico reage com o pepsinogênio parar gerar a pepsina, dá o grau de acidez ideal para a pepsina atuar e destrói muitas das bactérias ingeridas nos alimentos. O muco lubrifica o alimento e protege as paredes do estômago dos efeitos do ácido e das proteases. A pepsina permite a conversão das proteínas em polipeptídeos e aminoácidos e a renina coagula a proteína do leite. 
Quando a digestão estomacal é concluída, o piloro vai abrindo e liberando a pasta ácida semi-líquida (quimo) do estômago para o duodeno em pequenas quantidades. 
Os líquidos demoram pouco a passar para o duodeno mas o estômago vai liberando seu conteúdo meia-hora após o início da refeição e só é esvaziado de 2 a 3 horas depois, dependendo do tipo do alimento. 
Como as enzimas atuam no duodeno e no intestino delgado ? 
O quimo recebido do estômago é misturado ao suco pancreático e intestinal (com enzimas proteolíticas) e à bílis, que são lançados no duodeno através de canais. O suco pancreático possui diversas enzimas, entre as quais a tripsina (transforma proteínas em amino-ácidos), a amilase (transforma amido e dextrina em maltose), a maltase (transforma maltose em glicose) e a lipase pancreática (transforma gordura em ácidos graxos e glicerina). 
Algumas glândulas que revestem o intestino segregam as enzimas sacarase (transforma sucrose em glicose e frutose), maltase, lactase (transforma lactose em glicose e galactose), lipase, amilase e erepsina que em parte formam o suco intestinal. 
A ausência ou baixa atividade da lactase pode causar vários graus de intolerância ao leite. 
O fígado emite a bílis, que apesar de não provocar transformações alimentares, facilita a digestão diluindo o conteúdo intestinal, funcionando como antisséptico, reduzindo a tensão superficial das gotas ou glóbulos de gordura (o que facilita a digestão pela lipase do pâncreas e do intestino) e impedindo-as de se aglutinar graças aos sais biliares. A bílis é uma substância alcalina de cor verde e amarga e neutraliza a acidez do quimo vindo do estômago. 
Depois de concluída a digestão intestinal, a massa alimentar fica reduzida a uma pasta semi-líquida de aspecto leitoso (quilo) formada principalmente por água, sais minerais, glicose, glicerina, ácidos graxos e aminoácidos, todos prontos para serem absorvidos.
Como os nutrientes são absorvidos ? 
Na membrana mucosa do intestino delgado ficam muitas reentrâncias e dobras chamadas villi que aumentam a superfície de absorção em mais de 600 vezes o que seria se o intestino fosse um simples cilindro. 
Os produtos da digestão são absorvidos por pequeninas artérias imediatamente sob o epitélio nos villi. 
Os amino-ácidos, sais minerais e vitaminas solúveis em água são transportados pela corrente sanguínea primeiro ao fígado e depois ao resto do corpo para reparar e construir os tecidos e o excesso é convertido em uréia pelo fígado para ser depois excretado pelos rins. 
A glicerina e os ácidos graxos são captados nos vasos linfáticos e novamente reunidos em pequenos glóbulos de gordura. Esses glóbulos são depois transportados pela corrente sanguínea para os tecidos, onde são consumidos em reações de oxidação e/ou armazenados sob a forma de tecido adiposo. 
Os açúcares (sob a forma de monossacarídeos) são temporariamente armazenados no fígado como glicogênio e liberados como glicose quando necessário. 
Existe uma espécie de inteligência intestinal descrita por Hunt, que nada mais é do que a capacidade do delgado em absorver mais ou menos determinado grupo alimentar, de acordo com a necessidade do organismo naquele momento.
O que acontece com o que não é absorvido ? 
Os alimentos levam cerca de 4 horas para atravessar o intestino delgado (quase 7 metros ). Ao chegar ao intestino grosso ( 1,2 metros ), bactérias presentes ainda segregam algumas enzimas que permitem que algumas substâncias resultantes da digestão ainda sejam absorvidas. 
Vários tipos de bactérias habitam o intestino grosso e decompõem algumas fibras indigeríveis, fermentam açúcares e decompõem algumas proteínas. Certas bactérias podem sintetizar vitamina K e B. Ainda não está claro o quanto de vitamina B pode ser absorvido pelo intestino grosso, mas metade da quantidade necessária de vitamina K é de origem bacteriana. 
Os alimentos levam de 12 a 18 horas para alcançar o reto. Durante esse tempo a água é absorvida e os dejetos são compactados gradualmente para serem expelidos. São da maior importância estas etapas da excreção ou eliminação porque no intestino grosso só restam substâncias tóxicas, como o escatol, que se reabsorvidos por um atraso ou retardo no trânsito, como ocorre na prisão de ventre, podem gerar aquilo que denominamos de auto-endo-intoxicação, que é caracterizada por cansaço, desânimo, cefaléia, mau hálito, etc. 
As enzimas atuam fora do organismo ? 
Enzimas atuam na obtenção do álcool a partir dos açúcares (e dos açúcares a partir dos amidos), reduzem o nitrogênio e o fósforo dos dejetos orgânicos, atuam nos bolos (evitam que solem), aceleram a produção de cerveja, atuam na produção dos queijos e removem a lactose, funcionam em detergentes, atuam em amaciantes de roupa, atuam na produção de couros, atuam na produção de papel, atuam na produção de dextrose, frutose (usados em confeitos e refrigerantes), amaciam o algodão e clareiam o vinho e sucos. 
As enzimas são consumidas nos processos ? 
Depois de a reação se completar, a enzima fica intacta e disponível para iniciar outra reação. Algumas enzimas são capazes de participar de milhares de reações em um único minuto. Em princípio, isso pode continuar indefinidamente, mas na prática a maioria das enzimas perde a estabilidade e capacidade de catalisar as reações. 
Há alguma demonstração prática da atuação de enzimas ? 
Sim. Pegue um abacaxi fresco, e um recipiente com gelatina comum. Corte uma fatia do abacaxi e coloque-a em cima da gelatina. Observe o que acontece. Algumas embalagens de gelatina recomendam explicitamente não misturar com abacaxi. O abacaxi contém enzimas que decompõem as proteínas da gelatina. 

ENZIMAS 
A exposição dos alimentos temperaturas elevadas (cozimento, etc.), destrói as enzimas neles contidos. 
Quando os alimentos não contêm as enzimas necessárias, o organismo é obrigado a usar as suas próprias, gastando no processo energia e recursos. 
Essa é uma das vantagens da alimentação vegetariana Viva (crudívora ou crudicista) sobre os alimentos cozinhados da alimentação dita normal. 
Mas qual é afinal a importância das enzimas?
Vejamos: 
Enzimas são, em termos biológicos, compostos protéicos complexos, caracterizados por longas cadeias de aminoácidos, unidos por ligações peptídicas. 
Enzimas são estruturas protéicas ativas, básicas, que são essenciais à vida. Sem enzimas a vida, como a conhecemos, não seria possível. 
As enzimas representam a fonte de energia orgânica e a vitalidade bioquímica central de toda a estrutura viva existente, incluindo-se os animais, plantas, algas e microorganismos. 
As enzimas são essenciais para a formação estrutural, crescimento, desintoxicação, defesa e mecanismos de cura do nosso organismo. São fundamentais na regulação das atividades bioquímicas do organismo, como a digestão e absorção de alimentos, equilíbrio hormonal, atividade cerebral, humor, sexualidade, circulação sanguínea, respiração, estímulos nervosos, reposição celular, sistema imunológico, mecanismos dos sentidos (paladar, olfato, tato, visão e audição) e outras. 
Sem enzimas, nem mesmo se efetiva a função de assimilação e distribuição de vitaminas e sais minerais. 
A vitalidade e longevidade estão relacionadas às enzimas.
Toda a nossa saúde depende da manutenção de níveis enzimáticos adequados. 
Por exemplo, são detectadas carências enzimáticas em muitos casos de doenças crônicas, como câncer, reumatismo, artrite reumatóide, alergias, doenças cardiovasculares, e muitas outras. 
As enzimas podem ser divididas em dois grupos, as endógenas e as exógenas. 
As endógenas ou internas, originam-se no próprio organismo e as exógenas ou externas, são originadas fora do corpo e são obtidas dos alimentos ingeridos. 
As endógenas, dividem-se em metabólicas e digestivas. 
As metabólicas estão presentes nas células, no sangue e nos tecidos em geral. 
As digestivas estão presentes no trato digestivo. 
Ao nascer, recebemos um potencial enzimático metabólico limitado. É como se o organismo recebesse uma “reserva” limitada para metabolizar enzimas. Até onde se sabe, quanto mais enzimas próprias o organismo precisa usar, ao longo do tempo, menos capacidade lhe resta para manter os níveis enzimáticos necessários. É como se essa “reserva” se fosse esgotando na medida em que vai sendo usada. Quanto mais rapidamente usamos essa reserva, mais curta será nossa vida e mais deficiente nossa saúde. 
Os níveis enzimáticos nos tecidos corporais são elevados na infância e reduzidos na velhice. Um recém-nascido pode apresentar cerca de cem vezes mais enzimas na corrente sanguínea do que um idoso (com alimentação cozinhada durante a sua vida). 
Por outro lado um idoso apresenta cerca de mil vezes mais radicais livres no seu organismo que o recém-nascido. O enfraquecimento dos níveis de enzimas está ligado ao aumento de radicais livres, associado à carência de micro-minerais. 
A redução do potencial enzimático do organismo é causa de doenças degenerativas e envelhecimento precoce. 
Os alimentos crus trazem consigo as enzimas necessárias à sua própria digestão. 
As nossas enzimas digestivas, presentes na saliva (ptialina), no estômago (proteases), nos intestinos (lípases) e as produzidas pelo pâncreas, atuam como reservas ou para complementar o processo digestivo. Normalmente o corpo conta com a presença das enzimas digestivas que já vêm com os alimentos. 
A redução do nosso potencial enzimático é provocada principalmente e em ordem de importância, por: 
A) Ingestão de alimentos pobres em enzimas 
B ) Estresse 
C) Consumo de álcool, açúcar e outros destruidores de vitaminas e minerais 
D) Uso excessivo de medicamentos 
E) Poluição ambiental 
Se exposta ao calor intenso, uma enzima é completamente destruída, mas se mantida a uma temperatura corporal, durante o tempo necessário, será ativada e realizará adequadamente suas funções. 
O cozimento, ao destruir as enzimas de qualquer alimento, perturba a programação biológica do organismo, aperfeiçoada durante milhões de anos, e cria uma sobrecarga orgânica, já que provoca a necessidade de produção de enzimas digestivas. A produção dessas enzimas digestivas desvia substâncias presentes nas enzimas metabólicas. Desta forma é provocado um enfraquecimento das funções gerais que dependem dessas enzimas, debilitando o organismo e expondo-o a variadas moléstias. 
Quando comemos a comida cozinhada, para a sua digestão e assimilação, o corpo precisa usar suas próprias enzimas. Essas enzimas a que o corpo precisa recorrer, poderiam estar servindo para atividades mais importantes, tais como limpar o fígado, proteção contra tumores, eliminação de radicais livres e toxinas em geral. Tudo isso, porque o cozimento destruiu as enzimas que já estavam contidas nos alimentos quando crus. 
Sob estresse, ocorrem importantes perdas minerais, o que enfraquece os níveis de enzimas metabólicas e reduz a capacidade das digestivas.
O açúcar refinado, é um produto desmineralizante, que rouba cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B, e é um agente enfraquecedor do organismo. 
O abuso de bebidas alcoólicas, reduz as reservas corporais de tiamina (vitamina B1), e de outras vitaminas envolvidas com a estruturação enzimática. 
O uso constante de medicamentos, principalmente os antibióticos, enfraquece os mecanismos de defesa do organismo, interfere nos processos de autoregulação e homeostase, afetando as funções das enzimas. 
A poluição ambiental origina a ingestão de compostos químicos, moléculas agressoras e metais pesados, que intoxicam e alteram as funções celulares, prejudicando também a função das enzimas. 
Esses fatores associados causam um aumento de radicais livres, devido à incapacidade das enzimas metabólicas de inibir a sua formação (radicais livres). Em quantidades elevadas, esses radicais livres, interferem nas atividades celulares, provocando mutações, erros genéticos, inibição de secreções celulares e uma porção de outros problemas.
Outra conseqüência, menos evidente, mas relevante, da diminuição dos níveis enzimáticos do organismo, é que nos tornamos menos sensíveis aos outros e nós próprios, prejudicando nossa espiritualidade. Gastamos energia demasiada na desintoxicação e deixamos de usa-la para outras finalidades importantes.

3 comentários:

  1. Maravilhosa postagem! Obrigada! Tem facebook, por favor?

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  2. Nossa quanto conhecimento muito obrigado por compartilhar agradeço de coração muita luz ...

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